quarta-feira, maio 19, 2004

Morro De Sede

(Morro de Sede, Amor...
E esta lonjura que não me deixa saciar...)
Mata-me lentamente, soldado distante,
Perdido no deserto, absurdamente errante,
Absurdamente consciente de tudo,
Absolutamente consciente do absurdo...

(Dá-me de beber, Amor,
Que nada mais te peço!)
Todo eu tremo de ansiedade,
Os meus impulsos condicionam-me a vontade,
Os meus desejos vitais perseguem-me
E não aguento mais! O meu coração teme...
Ansiosamente teme e espera que o venhas acalmar...
Apaga esta saudade, apaga esta distância... Apaga este penar!

(Vem dar-me de beber, Amor...
Vem e não tardes, que morro de Sede!)
Chega-te perto, aproxima-te mais, deixa-me olhar-te...
Deixa-me segurar-te... Aproxima-te! Deixa-me tocar-te...
Vem, Amor! Vem, por Amor de Deus! Acalma-me o coração!
Deixa-me abraçar-te, deixa-me segurar-te a mão!
E por fim, Amor, tem piedade, que morro de Sede!
Deixa-me amar-te, prende-me p’ra sempre em tua rede!
Chega-te mais ainda, Amor, chega-te e mata-me esta Sede de desejo!
E, num ultimo gesto misericordial (Oh! Piedade!),
mata-me a sede, Amor! Deixa-me beber do teu beijo!


30 Setembro, 2003

1 Comments:

Blogger Raquel Caldevilla said...

:) lindo...

4:31 da tarde  

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